terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O bosque encantado de João e Smith

João não tinha muitos amigos. Na verdade, só tinha colegas. E só os via na escola. Na sua rua, havia poucas crianças e de idades diferentes da dele. Para não se sentir muito sozinho, tinha um cachorro chamado Smith, seu fiel companheiro de todas as brincadeiras. Uma tarde, brincando com Smith perto do riacho, que ficava a quase um quilômetro de sua casa, avistou um animal esquisito a uns cem metros. Resolveu chegar mais perto, para ver o que era aquilo que tanto chamava sua atenção e cada vez que se aproximava, era como se o animal fosse se afastando cada vez mais e mais e quando se deu conta a noite já havia chegado e João estava perdido. E mesmo sem saber onde estava, João não estava com medo, pois tinha ao seu lado seu amigo Smith que nunca lhe abandonava.
As horas foram passando e quanto mais João andava mais ele parecia estar perdido, então resolveu descansar em um troco de árvore enorme onde ele se apoiara para dormir.
No dia seguinte João acordou assustado, com a impressão de que alguma coisa estava tentado engoli-lo e assim que pode abrir os olhos se acalmou pois era apenas Smith o lambendo. Então já acordado resolveram partir novamente para uma nova jornada à procura daquele animal que lhe despertou tanto interesse e curiosidade. Eles andaram em torno de uma hora quando avistaram um lago e pararam para descansar e tomarem água, pois o sol estava muito quente e ele sabia que ainda teria muito que andar.
Quando pararam perto do lago, Smith começou a latir sinalizando que havia visto algo entre as árvores. João assustado foi verificar o que era e quando chegou mais perto avistou novamente um animal que não sabia como descrever, ele era diferente de tudo que havia visto antes, mas havia fugido segundos após João se aproximar.
Entusiasmado, João decidiu correr atrás do animal e Smith estava bem atrás dele, até que chegaram a um lindo bosque com cachoeiras e belas flores. Era simplesmente um lugar encantador com toda a sua beleza e sossego, era um lugar que de fato ninguém conhecia. Cansado de tanto caminhar e o sol quase se pondo João deitou-se na grama perto da cachoeira e ali adormeceu. Ouvindo um barulho esquisito, ele acordou e viu muitos animais ao seu redor, mas eram criaturas diferentes, bem assim como em conto de fadas. Sim. Eram sim criaturas encantadas!
O menino mal pode acreditar no que estava vendo, será que era uma miragem ou era real? João não sabia, mas quis se aproximar para ver o que estava acontecendo. Os animais pareciam gostar dele e de certa forma ele conseguia entender tudo o que os animais estavam tentando se comunicar com ele, e assim a noite caiu e João e Smith ficaram lá com aqueles animais naquele maravilhoso lugar torcendo para que tudo aquilo fosse real.
- João, João. Acorda, meu filho. Você está bem?
Era Joana, a mãe de João, que o chamava com voz de preocupação, e ele sem nada entender acordou assustado e perguntou o que estava acontecendo, qual seria o motivo daquela preocupação toda, e então sua mãe lhe contou que ele estava brincando com o Smith perto do riacho quando tropeçou em uma pedra e dois rapazes que passavam por perto o acudiu e o trouxe para casa.
João estava feliz e agradecido por aqueles rapazes terem o resgatado, mas ao mesmo tempo estava triste em saber que foi tudo um sonho, e assim já à noite foi para seu quarto dormir e ao vestir seu pijama notou que caiu do bolso de sua calça algumas pétalas de flores muito diferentes das que tinham no riacho e que havia apenas um lugar onde poderiam existir flores iguais aquelas...
Aquele bosque encantado não era apenas uma imaginação, era muito mais do que ele podia ter pensado, ele existia de verdade mas somente ele e Smith podiam vê-lo e visitá-lo.
E então muito contente foi para sua cama dormir e torcendo por amanhecer novamente, pois para ele não precisava estar dormindo para viver lindos sonhos.

Cinthia - 09

Um comentário:

  1. A história é meio sem noção, mais é bacana. Gostei, pelo menos o menino não teve só um sonho.

    Raphael Fidelis - 306

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